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Resenha: Stargirl, uma série sem zero a esconder


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Stargirl é a novidade série da DC Universe, passando também no meato CW, e chega sem controvérsias, sem malícia, sem desejos de ser disruptora ou controversa. Stargirl existe para divertir, entreter e é, mais que todas as outras, um trabalho de paixão.

A personagem surgiu em 1999, mas suas origens remontam muito, muito no pretérito, mais precisamente abril de 1941, na chamada Era de Ouro dos quadrinhos, quando a mídia estava se estabelecendo e popularizando. Nesse ano dois cidadãos, Gardner Fox e Jack Burnley criaram Ted Knight, um astrônomo, engenheiro, gênio que no horizonte seria comparado a Einstein e Newton.

Ted usou seus conhecimentos para edificar um dispositivo chamado Vara de Seriedade, que utilizava robustez estelar para disparar raios, voar, gerar campos de força e mais o que o roteirista da vez inventasse.

Ele foi membro da Sociedade da Justiça, lutou contra nazistas na Segunda Guerra e porquê a maioria dos personagens da era, foi reinventado várias vezes. Foram 9 ou 10 versões nas décadas que se passaram até 1999, quando surgiu Stargirl, das mãos de Geoff Johns e Lee Moder.

Courtney Whitmore é enteada de Pat Dugan, que era sidekick do Star-Spangled Kid, outro membro da Sociedade da Justiça. Em uma curiosa inversão da norma, Stripesy (Faixinha, em tradução livre) era um adulto assistente de um super-herói jovem.

Pat é um óptimo mecânico, e construiu S.T.R.I.P.E. (Special Tactics Robotic Integrated Power Enhancer) um traje robótico (popular mecha) arretado, que usa proteger Courtney, depois que ela descobriu os pertences do Star-Spangled Kid entre as coisas de Pat, e resolveu usar o uniforme e virar vigilante para infernizar a vida do padrasto.

Apesar de tudo ela se dá muito porquê vigilante, e acaba entrando para a Sociedade da Justiça, ganha o Vara Cósmico (novo nome do Vara de Seriedade) e passa a se invocar Stargirl.

A personagem não surgiu do zero. Geoff Johns a criou porquê homenagem à sua mana jovem Courtney, morta no acidente do vôo TWA 800, em 1996 quando um Boeing 747 explodiu em pleno ar, matando as 230 pessoas a bordo. Stargirl tem a ar, idade e personalidade de Courtney.

Geoff Johns não é nenhum novato, com centenas de ótimas histórias em quadrinhos e uma presença firme na TV e no cinema. Ele é co-roteirista do próximo filme da Mulher Maravilha, co-escreveu Aquaman e foi produtor de uma penca de outros filmes do DCU.

Na televisão ele trabalhou em Liga da Justiça: Unlimited, Smallville, Arrow, Flash, é produtor-executivo, instituidor e roteirista da óptimo Titãs, produziu Sentinela do Rumo e agora é roteirista, instituidor, produtor executivo e showrunner de Stargirl.

Stargirl – A Série

A personagem já fez aparições em outras séries, desde Smallville, mas esta é a primeira vez que é a protagonista. Nesta versão Courtney (Brec Bassinger) é uma jovem de 15 anos contrariada pois sua mãe decide se mudar de Los Angeles para Blue Valley, Nebraska, o que equivaleria a alguém do Rio de Janeiro ir morar no Acre, ou em Niterói. A mudança é por pretexto de Pat, o novo marido da mãe de Courtney, que o trata porquê lixo.

Pat, porquê você já leu, é ex-assistente do Starman e na verdade quer ir para Blue Valley por ser lá é a última localização da Sociedade da Injustiça, grupo de vilões que dez anos detrás matou a maior secção da Sociedade da Justiça.

Courtney tenta se integrar na vida da cidade, com a clássica escola americana enxurrada de bullies, cheerleaders, nerds, etc. Um dia ela descobre entre as coisas de Pat o cajado cósmico (os nomes variam), que age porquê uma entidade sensiente, interagindo com ela porquê se estivesse vivo.

Sendo uma ginasta soberba, ela logo aprende a usar o cajado e vai parar numa sarau do escola, quando vê os bullies buliando jovens inocentes. Courtney senta a lenha no líder dos malvados, explode o coche dele e vai embora, só que o carinha era fruto do Brainwave, um dos membros da Sociedade da Injustiça, que moram na cidade.

Ele descobre a identidade secreta de Courtney, a chantageia mas na hora H ela é salva...

por Pat, que aparece usando sua mega-armadura STRIPE.

DC’s Stargirl — “S.T.R.I.P.E.” — Image Number: STG102d_0195b.jpg — Pictured: Luke Wilson as Pat Dungan — Photo: Steve Dietl/The CW — © 2020 The CW Network, LLC. All Rights Reserved.

A história, por incrível que pareça, não é tão importante. Stargirl está exclusivamente começando, mas é alguma coisa completamente dissemelhante do que tem sido a norma.

Titãs é óptimo, mas todo mundo ali é dramático, sério, ninguém se diverte, ninguém sorri. Em alguns momentos a série me lembra Teen Titans Go quando eles resolveram deixar de ser retardados e se tornar um grupo sério. Doom Patrol é maravilhosa, insana mas todo mundo na série também é pleno de problemas.

A escola em Black Lightining é um antro de problemas sociais, tensão e violência. Nas séries da Marvelflix absolutamente ninguém ali queria ser herói, todo mundo está agindo obrigado pelas circunstâncias. No CW a coisa costuma ser mais ligeiro, mas mesmo quando alguém está exclusivamente se divertindo, os roteiristas tentam incorporar um monte de “mensagens”.

Stargirl não tem zero disso, Stargirl é uma série sobre uma moçoila numa cidade pequena, com uma família normal, lidando com uma mudança de forma normal, com hábitos saudáveis, sem nenhum sigilo oculto.

Nem toda série de TV precisa abordar o tempo todo questões polêmicas, servir de metáfora para a atualidade e atingir com plenitude todos os objetivos no cumprimento de sua responsabilidade social. Bolas, aonde está escrito que uma série de tv precisa ter função social? Nas imortais palavras do filósofo Shatner, “Get a life, é só um programa de tv”.

Os visuais de Stargirl

A verba de efeitos visuais das séries do CW é ilimitada, podem usar todas as moedas que acharem entre as almofadas dos sofás na recepção da emissora, por isso a qualidade varia entre filme dos Trapalhões e Mutantes da Record. Stargirl, embora passe (também) no CW é produzida fora, e o resultado, ao menos nos primeiros episódios ficou muito, muito bom.

O primeiro incidente começa com um prólogo mostrando a Sociedade da Justiça em sua última guerra, e não deve zero aos efeitos visuais dos filmes da DC no cinema.

Desfecho

Stargirl é uma série para toda a família, uma óptimo porta de ingressão para o DCTVU. Não tem ranço e não foi feita para aprazer ninguém além dos espectadores. Foi criada pelo fundador da personagem, que tem peculiar carinho por ela. Se Titans é Star Trek Discovery, Stargirl é a novidade geração.

E pelo visto, caiu muito. No Rotten Tomatoes por exemplo as cotações de sátira e público estão em 90% e 87% respectivamente. Mesmo a elogiada Titãs está em 80%/76%. Stargirl funciona por ser a série que a gente estava precisando. Mesmo sem um S no peito, essa moça traz… esperança.

 

Fonte

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