Coronavrus: cientistas comentam paralisao dos testes da vacina de Oxford no Brasil
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Atualização (09/09/2020 às 20h58) – por RSD
Ainda que os testes das vacinas contra a COVID-19 tenham seguido a todo vapor, a exemplo da Sputnik V da Rússia e da solução da setentrião-americana Moderna, problemas ainda estão assombrando pesquisadores, que correm contra o tempo.
Em seguida o laboratório AstraZeneca anunciar na manhã desta quarta (09) a paralisação dos testes de sua vacina, cientistas de todo o mundo reagiram exprimindo suas opiniões, explicando os próximos passos e alguns dos possíveis motivos. O primeiro passo é desenredar se o efeito contrário em questão, ainda não desvelado, ocorreu em um paciente que recebeu a vacina real ou o placebo, a maneira pela qual a eficiência de um medicamento pode ser efetivamente confirmada.
“[Se a ocorrência] estiver definitivamente ou mesmo provavelmente conectada [com a vacina], pode ser o término da candidata. Caso contrário, o bloqueio pode ser retirado em questão de semanas”, disse Marie-Paule Kieny, Instituto Pátrio de Pesquisa Médica e de Saúde da França (INSERM). A observador lembra que o ponto mais importante é a segurança dos pacientes, ainda que haja possante pressão política.
Apesar das preocupações, ainda há esperanças. Em entrevista ao SkyNews, Matt Hancock, ministro da saúde do Reino Unificado, essa não é a primeira vez que os testes são paralisados. Na era, foi comprovado que o paciente investigado na verdade possuía uma doença neurológica que não estava relacionada à vacina. Esse também pode ser o caso do efeito inverso mais recente.

Em contrapartida, a maior dificuldade é desenredar o que realmente aconteceu, conforme relatou Jonathan Kimmelman, bioeticista da Universidade McGill, no Canadá. Tudo dependerá do comitê que ficará responsável em explorar o ocorrido. Ainda assim, muitos permanecem confiantes, porquê Paul Griffin, pesquisador da Universidade de Queensland, na Austrália, que lembra que a reação pode na verdade estar relacionada com a ida de um dos participantes ao hospital, o que já se enquadra nos protocolos de segurança.
Material original (09/09/2020 às 09h34)
A farmacêutica AstraZeneca confirmou a suspensão dos testes da sua vacina contra à Covid-19 em seguida uma suspeita de “reação adversa séria”. Com isso, a pesquisa desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford foi oficialmente paralisada no Reino Unificado e também no Brasil.
Em enviado solene enviado ao UOL, a empresa explicou que essa é uma ação rotineira e que um comitê independente vai fazer uma revisão dos dados de segurança:
Esta é uma ação rotineira que deve sobrevir sempre que for identificada uma potencial reação adversa inesperada em um dos ensaios clínicos, enquanto ela é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos estudos.

A farmacêutica também explica que a paralisação é temporária e que trabalha para que a vacina seja totalmente segura:
Em grandes ensaios, os eventos adversos acontecem por contingência, mas devem ser revistos de forma independente para verificar isso cuidadosamente. Estamos trabalhando para açodar a revisão de um único evento...
para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta em nossos testes.
Por mais que alguns especialistas considerem a paralisação porquê “exuberância de desvelo”, o NYT informa que um voluntário do estudo teve mielite transversa – uma inflamação na medula espinhal. Porém, ainda não é provável saber se a doença está diretamente relacionada à vacina.
Com a paralisação dos estudos, outros centros de pesquisa devem usar o tempo extra para revisar dados de eventos adversos relacionados. De toda forma, a vacina de Oxford está longe de ser livre de efeitos colaterais. Dados das fases 1 e 2 confirmam que muro de 60% dos voluntários tiveram qualquer evento inverso.
A maioria relatou febre baixa e dores de cabeça, um pouco que pode ser amenizado com uso de Paracetamol. Vale lembrar que o governo brasiliano já acetou um protocolo de intenções que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses da vacina até o término do ano.
Importante esclarecer que, no experimento galeno da vacina de Oxford/AstraZeneca, já foram incluídos aproximadamente 18 milénio participantes. A pausa no estudo significa que não haverá inclusão, neste momento, de novos participantes. Entretanto, aqueles já incluídos seguem em comitiva para avaliação da segurança e eficiência, disse o Ministério da Saúde em nota.
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