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A NASA descobriu um universo paralelo?


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Não. A NASA não descobriu um universo paralelo aonde o tempo anda para trás. É tudo groselha de prelo sensacionalista e jornalismo científico feito por estagiários, relaxe.

OK, quer uma explicação mais detalhada? Eu explico, mas porquê diz o Lito, senta que lá vem história. Vamos ter que entender alguns conceitos e logo você verá a imensa bobagem que estão espalhando por aí…

Essa história toda envolve neutrinos, mas que diabo são neutrinos? Por muito tempo eles foram exclusivamente partículas teóricas, mas eles estão entre nós. Faça isto: Olhe para a ponta do seu dedo. neste exato momento 100 bilhões de neutrinos vindos do Sol estão atravessando-o. Sentiu o formigamento? OK, pare de show, entre as características dos neutrinos está a baixíssima capacidade de interagir com material normal.

Um neutrino pode passar 100 anos-luz de chumbo antes de colidir com um corpúsculo, logo há pouquíssimas chances de seu dedo ser atingido, afetar o DNA e ele ter filhos-dedos esquisitos com os dedinhos da Eliana.

Evidente, a muito dispêndio conseguimos desenvolver equipamentos para detectar neutrinos. Um desses equipamentos é o nipónico (evidente) Super-Kamiokande, um detector que consiste em uma câmara com 15 andares de profundeza, 50 milénio toneladas de chuva ultra-pura e 13 milénio fotomultiplicadores, tudo 1km dentro de uma serra.

Esses detectores não só conseguem identificar neutrinos, porquê sua direção e, mais importante, sua força em elétrons-volt. O eV é uma unidade que indica a quantidade de força cinética de uma partícula, mas também é usada porquê unidade de tamanho (eu falei que era complicado).

Pujança cinética é fundamental, se um millenial vegano lançar com as mãos uma projéctil de 30mm contra você, zero vai sobrevir, ele nem vai conseguir levantar o projétil do pavimento.

Já se o mesmo projétil for disparado do canhão GAU-8 Avenger de um A-10, a uma velocidade de 1Km/s um tiro desses é suficiente para te trinchar ao meio.

Partículas com mais virilidade interagem com mais partículas à sua volta, quanto menos força mais difícil detectar o bicho. Neutrinos em repouso têm uma virilidade potencial de menos de 2eV, e isso é muito próximo de zero. O Super-Kamiokande detecta neutrinos muito mais energizados, na filete de 5.5 a 20MeV. 10 milhões de vezes mais robustez parece muito, mas ainda não é quase zero.

Um mosquito em vôo tem força equivalente a 1TeV, um trilhão de elétrons-volt.

Detectores de neutrinos são populares na Antártica, pois ficam longe de fontes de rumor eletromagnético, e os vários quilômetros de gelo funcionam porquê filtros para outras partículas e raios cósmicos.

Entre esses detectores temos o Icecube Neutrino Observatory: Ele foi fundamental nessa bobagem que estamos esclarecendo.

Junto com o IceCube, há outro experimento, um telescópio de neutrinos chamado… ANITA (Antarctic Impulsive Transient Antenna) ele consiste de um conjunto de antenas e detectores presos a um balão flutuando a 35 milénio metros de altitude e assinalado para… insignificante. Ironicamente é mais fácil detectar neutrinos através da Terreno do que olhando para cima.

Nós detectamos as colisões dos neutrinos com outras partículas, para cima temos exclusivamente uns 80Km de atmosfera rarefeita, para inferior temos pelo menos 4000 metros de gelo, milhares de vezes mais denso do que o ar. E porquê raios cósmicos teriam que galgar toda a Terreno até chegar no ANITA, o planeta serve porquê um filtro, só conseguem chegar até ele resultados de colisões próximas, e somente neutrinos têm chance de passar o planeta antes de atingir alguma coisa.

Exceto que ANITA captou colusões de neutrinos de subida robustez, na fita de 1018eV, e isso, muito, não é provável.

Anita, pronta para voar.

Material generalidade é extremamente transparente para neutrinos, mas da mesma forma que um espelho reflete luz normal sem problemas mas é liquefacto por um laser, um neutrino de altíssima vigor não tem chance de cruzar a Terreno sem atingir zero muito antes de chegar no gelo da Antártica.

Imagine um neutrino de baixa pujança porquê uma hipotética párvulo educada andando calmamente entre as mesas de um restaurante. Um neutrino de subida robustez é uma daquelas crias de satã que correm entre as mesas agitando os braços e derrubando copos de chopp, e eventualmente enfiando a mão na sua batata-frita, pegando um punhado e saindo correndo (caso real).

Quando os cientistas usando o ANITA detectaram dois eventos com neutrinos de subida virilidade, tentaram formular explicações, que caem em três categorias:

1 – Falhas de Equipamento

Alguns anos detrás surgiu uma notícia de que neutrinos se movendo supra da velocidade da Luz haviam sido descobertos. No final era somente interferência nos cabos de alguns equipamentos. Talvez os eventos detectados pelo ANITA sejam um mau-contato, um detector com defeito ou um pico de voltagem.

2 – Efeitos Ambientais

Raios cósmicos atingindo os detectores, alguma interação desconhecida entre o gelo e neutrinos normais, um evento cósmico porquê uma explosão de raios gama, esses eventos podem ter gerado a anomalia.

3 – Uma novidade Física

Talvez os neutrinos de subida pujança consigam terçar a Terreno sem zero atingir se todo o Padrão Padrão que descreve tudo que conhecemos sobre física de partículas esteja falso. OU, se for o caso, um padrão matemático muito esotérico e improvável permita esse comportamento dos neutrinos.

Essa explicação é complicada, o Padrão Padrão se sustenta muito muito.

Evidente, ele tem lacunas, porquê a seriedade, que não se encaixa recta, mas imagine assim: Você ganha um bolo de chocolate. Mesmo sem saber a receita, prova o bolo e identifica que contém leite, chocolate, ovos. Talvez não saiba todos os ingredientes, nem as quantidades, mas...

através de experimentação consegue identificar mais e mais componentes, suas proporções e cria bolos cada vez mais parecidos.

O que absolutamente não pode intercorrer é você testar os ingredientes do bolo de chocolate e tirar do forno uma lasanha. Isso seria uma violação do Padrão Padrão.

Preliminarmente os dois primeiros fatores, efeitos ambientais ou falta sistêmica foram descartados, mas isso não quer manifestar que os cientistas saíram correndo detrás de universos paralelos. Primeiro de tudo, eles respeitam esse rosto cá:

O nome dele é Guilherme de Ockham (1287 – 1347), ele foi um frade, teólogo e filósofo que formulou um princípio usado até hoje, chamado Navalha de Occam.

Basicamente ele determina que oferecido um problema com duas soluções também satisfatórias, a mais simples em universal é a correta. Imagine que você escuta um galope na rua. Uma possibilidade é que qualquer carroceiro está passando, recolhendo sucata, mas também é provável que uma zebra tenha fugido do zoológico e veio parar na sua rua.

As duas soluções explicam o som do galope, mas uma é muitíssimo mais provável do que a outra.

A Navalha de Occam é sistematicamente ignorada por teóricos da conspiração e ufeiros em universal, que acreditam que é mais provável um círculo em plantação ser obra de uma espécie estranho que viajou centenas de anos-luz para amassar mato, do que o negócio ser feito por desocupados com uma tábua, uma corda e um bom suprimento de uísque.

E de onde veio o Universo Paralelo?

O pessoal da Física Quântica gosta de de vez em quando deixar a imaginação rolar solta, e um caso desses resultou em um paper que criou um padrão aonde o neutrino de subida força seria provável, pois seria fruto da simetria CPT (Fardo, Paridade, Tempo) em um padrão aonde dois universos seriam criados no Big Bang, um de material, outro de antimatéria, e uma partícula criada em um apareceria em outro também.

Obviamente essa explicação é só uma curiosidade matemática, estamos falando de dois eventos mal-explicados em um aparelho quebradiço no meio da Antártica, as chances disso ser razão suficiente para justificar um Universo inteiro são mínimas. Porquê disse o Dr James O’Donoghue, observador planetário:

“E pensar que eu sou escrupuloso o suficiente para omitir dados de Júpiter quando o rumor está um pouco mais cocuruto, somente para ver outras pessoas dobrarem o número de universos apelas para explicar seus resultados”

A mídia sensacionalista, evidente, não quer saber desses detalhes. Os jornaleiros começaram a pesquisar papers, de vez em quando achavam uma termo que entendiam, e montaram um cenário insano e astronomicamente improvável. Equivale a eu chegar moroso no serviço, e ao invés de manifestar que perdi o ônibus, falar que estava servindo moca na leito para a Luciana Vendramini.

Já existem vários papers trabalhando hipóteses mais prováveis, ninguém que valha seu PhD está pensando em universos paralelos ou novas Leis da Física. É provável? Sim, mas imensamente improvável, demais para pensarmos nesse tipo de hipótese tão cedo.

O que aconteceu enfim?

Um detector de neutrinos na Antárctica detectou dois eventos que teoricamente não poderiam subsistir. Podem ser falhas de metodologia, rumor no sistema, alguma interação ambiental desconhecida. Jornalistas sensacionalistas interpretaram incorrecto papers sobre o caso e inventaram toda uma ficção sobre a NASA ter detectado um Universo Paralelo aonde o tempo anda para trás.

ANITA sequer é um projeto só da NASA, é um consórcio com 11 instituições, do University College de Londres ao JPL, passando pela Universidade Pátrio de Taiwan e a Universidade do Kansas.

Basicamente conseguiram transformar duas partículas subatômicas em um Universo inteiro, tudo detrás de cliques.

O que realmente realmente aconteceu?

OK, é informação secreta mas não tem jeito, iria vazar. Os neutrinos de subida robustez detectados pelo ANITA foram emitidos por uma instabilidade no stargate do Site Beta, que todos sabemos, fica na Antártica.

Fontes:

  1. Robles-Pérez, S. J. (2019). Time Reversal Symmetry in Cosmology and the Creation of a Universe–Antiuniverse Pair. Universe5(6), 150. doi: 10.3390/universe5060150
  2. Illuminati, G., Coleiro, A., & Barrios, J. (2017). Search for time correlations between ANTARES neutrino candidates and IceCube/High-Energy Starting Events. Proceedings of 35th International Cosmic Ray Conference — PoS(ICRC2017). doi: 10.22323/1.301.0987
  3. Anchordoqui, L. (2018). Upgoing ANITA events as evidence of the CPT symmetric universe. Letters in High Energy Physics1(1), 13–16. doi: 10.31526/lhep.1.2018.03
  4. ChoSep, A., PriceMay, M., ServiceMay, R. F., VogelMay, G., CohenMay, J., HeidtMay, A., … HeidtApr, A. (2018, September 27). Oddball particles tunneling through Earth could point to new physics. Retrieved from https://www.sciencemag.org/news/2018/09/oddball-particles-tunneling-through-earth-could-point-new-physics

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